quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Assim eu espero

Sinto-me empacotada em Seu contínuo amor. As Suas palavras suplicantes para ir de encontro aos Seus olhos soam como auto-falantes em uma chuva torrencial.
Pai, eu sinto cortar-me ao meio quando reconheço que minha cura não foi sarada, apenas pintada por meus próprios dedos.
E hoje não peço para que me ajude sair de lamas tão sordidas e superfluas, pois nelas não estou mais.
Hoje peço-Te que me de o cintilante sonho de estar por entre Suas asas, entre Seu plano de redenção. Peço-te que eu possa me entregar.
Pai, como eu posso estar em Sua presença com pés tão sujos? Como poderei processeguir com mágoas? Suplico-Te que conseda-me a misericórdia de estar em oração.
O sorriso me vem em pensar em um dia que o Senhor poderá me levar para ver os lírios em um céu tão denso e macio, interminável. O som dos trigos enfeixados me mostraram que sou Sua filha, e meu louvor não há de acabar.
Enquanto me existir folego, sim, eu prometo que estarei entre Seu olhar.
Pertenço a Ti, minha existencia reside em Sua casa, meus passos em Seus pés.