terça-feira, 11 de janeiro de 2011

É você de quem falo

Encaixei-te nos meus parágrafos, e queria que isso soasse profundo como um prelúdio. Em cada sua letra e letras suas eu te enxergo, em minúsculos detalhes da sua caligrafia, em cada indicio de som seu, excitações de frases, pensamentos instantâneos, e tantos detalhes que ouso a pensar... Eu queria saber quando a chuva chega a sua pele, a que momento você pensa em agir, à que ponto do dia você pensa específicas coisas, o primeiro som que lhe é perceptível quando acorda e até mesmo quando seu sonho se inicia enquanto dorme. Você disse que é raro eu me preocupar contigo, mas gostaria de saber à que instante as lágrimas alcançam a ponta dos seus cílios! Eu gosto dos seus cílios, quando você de fato presta atenção em algo e a maneira como corta sua comida. Eu não sei como você consegue cuidar de mim tão bem mesmo estando tão longe e como me faz ver as coisas de outro jeito. Eu sei que nós somos diferentes de tudo à nossa volta, e incrivelmente gosto disso. Você existindo me faz existir também. Eu quero tanto que isso seja profundo a ti quanto é pra mim, o quanto me dói, mas não dói porque é dolorido, me dói porque me existe. Quando me perguntarem o que é felicidade eu direi que é apontar para os livros, você insistir em colocar um pedaço de pizza para mim, abraçar os seus travesseiros e assistir você me observar, mesmo com os meus olhos fechados.